quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Strč prst skz krk

As aulas de eslovaco estão a tornar-se cada vez mais complicadas. As declinações são especialmente contra-intuitivas para os portugueses, e como é um curso intensivo todos os dias damos muito vocabulário e gramática. Como toda a gente ouviu falar das minhas capacidades lendárias no que toca a memorizar seja o que for, podem imaginar que estou a aprender imenso e super depressa e que já sei falar eslovaco fluentemente:
- Prosim si pivo? (Queria uma cerveja)
- Prosim si dve pivo (Queria duas cervejas)
- Prosim si tri pivo (Queria três cervejas)
Isto chega perfeitamente para sobreviver 6 meses.

As aulas são todos os dias das 9h ás 10h30, das 10h40 ao 12h10 e das 14h ás 15h30, e são a 10 minutos a pé do dormitório (num edifício da faculdade). Geralmente almoço uma espécie de fast-food (porque não dá tempo para cozinhar nem para ir ao centro da cidade a um restaurante em condições), e depois já só tenho tempo de ir ao quarto 10 ou 15 minutos (geralmente para pegar em qualquer coisa que me esqueci de manhã ou para responder a uma ou outra mensagem no messenger).

Depois das aulas vêm as compras (Como não tenho carro para trazer tudo já tive que roubar um carrinho do Carrefour e agora estou a pensar por-lhe uma matrícula e dar-lhe um nome), ou uma ida ao centro da cidade, ou um passeio nos arredores de Zilina. Acho que ainda não fiquei um dia sem fazer nada.

Por volta das 20h começamos (os portugueses) a cozinhar (o que é completamente incompreensível para os alemães, eslovacos, polacos e outros que por aí andam). Já fizemos costeletas com arroz de tomate, bifes em molho de cerveja, bifes com molho de natas, jardineira, bifinhos com molho de cogumelos entre outros, todos os dias aumentamos a dose e só ontem pela primeira vez é que sobrou comida :p

Depois à noite, bem.. a noite fica para o próximo post eheheh

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A Viagem...

Foi altamente, mas nunca mais acabava.
Em Barcelona ainda estávamos frescos, não custou muito passar lá a noite. O aeroporto de Girona é assim um barracão e estava lá imensa gente deitada por todo o lado. Não dormi grande coisa, mas de vez em quando lá passava pelas brasas.

Em Frankfurt/Hann (depois de o Ricardo pagar 56€ de multa de excesso de peso em Girona) tínhamos muito tempo para esperar pelo próximo avião, e metemo-nos numa camioneta para a cidade (q ficava a 100 Km ou mais). Nesta altura já andavamos meios mortos, mas ao mesmo tempo inebriados com tanta coisa nova (ah.. bebi um café expresso em Frankfurt que era até relativamente bom). Chegados a Frankfurt fomos almoçar. O Ricardo experimentou lá uma carne com batatas e lentilhas, mas eu com a fome que estava não quis arriscar e fui Burguer King :p

Quando chegamos a Bratislava os níveis de cansaço tinham ultrapassado tudo o que é saudável... saímos do aeroporto e fomos de autocarro (sem pagar!!! porque se comprava o bilhete antes de entrar e nós não sabíamos muito bem qual e no meio da confusão apareceu o autocarro).
No autocarro conhecemos uma rapariga que trabalhava no aeroporto (que falava inglês) e que foi muito prestável. Veio connosco até á estação e ajudou-nos a comprar o bilhete de comboio, o que ajudou bastante!

Perto da estação havia uma espécie de quioske com umas sandes e comidas. Estávamos plenamente convencidos que o nosso comboio era ás 24:00 e deixamo-nos estar por lá sentados no relax até darmos conta que era 23h50 e o comboio afinal era ás 23h36. Tivemos que passar a noite na estação de comboios de Bratislava.
O cansaço acumulado da noite do jantar de despedida e da noite passada no aeroporto de Barcelona era muito, mas fizemos umas amigas francesas e um inglês (à espera do comboio para Budapeste) que nos ajudaram a passar o tempo a jogar Uno e ao Presidente.

Finalmente no comboio, já tínhamos esgotado todas as nossas forças e íamos adormecer quando entrou uma rapariga eslovaca na nossa cabine com quem metemos conversa. Ensinou-nos algumas coisas básicas tipo "olá", "adeus" obrigado", e conversamos muito sobre a Eslováquia e Portugal, sobre o Erasmus etc. E no fim foi impecável, porque ela telefonou para um taxista de quem tínhamos o número e falou com ele para que nos fosse buscar à estação!